tag:blogger.com,1999:blog-63925703410297635162023-11-15T10:27:41.106-08:00CrônicasBlog de Crônicashttp://www.blogger.com/profile/17129681004991689146noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-6392570341029763516.post-35628015292254574742009-09-02T18:05:00.001-07:002009-09-02T18:08:27.351-07:00OS DESCOBRIDORESOs descobridores<br />“viver e não ter a vergonha de ser feliz...”<br />Quem esteve nos bancos escolares na década de 70 e 80, aprendeu que o Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral, no dia 22 de abril de 1500. Grande verdade para uma tal ditadura que queria nos topar os olhos com a peneira.<br />Contudo, a carta de Pero Vaz Caminha chegou às carteiras escolares das últimas décadas e o próprio cronista, ao redigir a carta enviada ao rei, deixa bem claro as intenções de estarem por aqui e que, certamente, não seria aquela a primeira vez, “ Terça-feira, depois de comer, fomos em terra, fazer lenha, e para lavar roupa. Estavam na praia, quando chegamos, uns sessenta ou setenta, sem arcos e sem nada. Tanto que chegamos, vieram logo para nós, sem se esquivarem...E misturaram-se todos tanto conosco que uns ajudavam a acarretar lenha e metá-las nos batéis.” A exploração estava concretizada.<br />Também é sabido, pela dita nossa certidão de nascimento, que para cá não veio gente muito decente, pois Pero escreveu: “ e o Capitão mandou a dois degregados e Diogo Dias que fosse lá à aldeia e que de modo algum viessem a dormir às naus, ainda que os mandassem embora. E assim se foram.”<br />Se foram, e ficaram esperando “a vontade” do Capitão, que pouco se importava com a vida de quem não era bem visto na terra de além-mar, se eles iram encontrar canibais, perigos, azar deles, antes eles que nós, assim pensava o “chefinho” das caravelas.<br />E assim permaneceram na aldeia, quem sabe, até os índios despirem os degredados, os verdadeiros “descobridores” de nosso Brasil.<br />Por isso, não devemos ter vergonha de nossa identidade, pois fomos realmente colonizados pelos degredados, ou seja, os corajosos deixados nas aldeias dos donos da terra do pau-brasil, que nos deixaram como herança a alegria do canto e liberdade das aves citadas por Caminha e é por isso que Gonzaguinha escreveu: “viver/ e não ter a vergonha de ser feliz/ cantar e cantar e cantar / a beleza de ser um eterno aprendiz,/ ai, meu Deus,/ eu sei que a vida devia ser bem melhor e será... Eta povinho otimista!<br /><div align="right">Bellani, Arlete Ap.</div>Blog de Crônicashttp://www.blogger.com/profile/17129681004991689146noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6392570341029763516.post-70215645474465420192009-09-02T18:05:00.000-07:002009-09-02T18:06:39.993-07:00OS DESCOBRIDORES<div align="center"><br />“viver e não ter a vergonha de ser feliz...”</div><div align="justify"><br />Quem esteve nos bancos escolares na década de 70 e 80, aprendeu que o Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral, no dia 22 de abril de 1500. Grande verdade para uma tal ditadura que queria nos topar os olhos com a peneira.<br />Contudo, a carta de Pero Vaz Caminha chegou às carteiras escolares das últimas décadas e o próprio cronista, ao redigir a carta enviada ao rei, deixa bem claro as intenções de estarem por aqui e que, certamente, não seria aquela a primeira vez, “ Terça-feira, depois de comer, fomos em terra, fazer lenha, e para lavar roupa. Estavam na praia, quando chegamos, uns sessenta ou setenta, sem arcos e sem nada. Tanto que chegamos, vieram logo para nós, sem se esquivarem...E misturaram-se todos tanto conosco que uns ajudavam a acarretar lenha e metá-las nos batéis.” A exploração estava concretizada.<br />Também é sabido, pela dita nossa certidão de nascimento, que para cá não veio gente muito decente, pois Pero escreveu: “ e o Capitão mandou a dois degregados e Diogo Dias que fosse lá à aldeia e que de modo algum viessem a dormir às naus, ainda que os mandassem embora. E assim se foram.”<br />Se foram, e ficaram esperando “a vontade” do Capitão, que pouco se importava com a vida de quem não era bem visto na terra de além-mar, se eles iram encontrar canibais, perigos, azar deles, antes eles que nós, assim pensava o “chefinho” das caravelas.<br />E assim permaneceram na aldeia, quem sabe, até os índios despirem os degredados, os verdadeiros “descobridores” de nosso Brasil.<br />Por isso, não devemos ter vergonha de nossa identidade, pois fomos realmente colonizados pelos degredados, ou seja, os corajosos deixados nas aldeias dos donos da terra do pau-brasil, que nos deixaram como herança a alegria do canto e liberdade das aves citadas por Caminha e é por isso que Gonzaguinha escreveu: “viver/ e não ter a vergonha de ser feliz/ cantar e cantar e cantar / a beleza de ser um eterno aprendiz,/ ai, meu Deus,/ eu sei que a vida devia ser bem melhor e será... Eta povinho otimista! </div>Blog de Crônicashttp://www.blogger.com/profile/17129681004991689146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392570341029763516.post-10837827403422405342009-09-02T13:36:00.000-07:002009-09-02T17:56:15.768-07:00<div align="center"><span style="font-family:courier new;font-size:130%;"><strong><em>Cine TeleBrasil</em></strong></span></div><span style="font-family:courier new;font-size:130%;"><strong><em><div align="justify"><br /></em></strong></span>Todas as manhãs, quando acordo, vou ao quarto de meu filho chamá-lo, saio e vou a cozinha preparar nosso café. Da cozinha preciso chamá-lo umas três vezes até ele levantar, mas tudo bem, mãe é pra ter paciência mesmo!<br />Ele chega todo sonolento, puxa a cadeia, senta-se e começa a folhear o jornal, vai primeiro ver a charge e depois o Caderno L.<br />Hoje, enquanto colocava as xícaras à mesa, ele me falou:<br />-Mãe, Americana vai ter cinema outra vez!<br />- Onde, meu filho?<br />- Ah, na Rua Carlos Alberto Brassoto, ao lado da Casa da Criança<br />- É, e qual é o nome desse novo cinema?<br />- Cinema TeleBrasil<br />- Interessante, não tinha ouvido falar sobre esse novo cinema<br />Ele, todo entusiasmado, pois adora aquele que é uma das sete maravilhas da arte, me disse:<br />-É agora não precisamos mais ir para Santa Barbara assistir um filme, né, mama?<br />- É, meu filho, infelizmente é um absurdo uma cidade como Americana não ter um cinema, os americanenses que queriam ver filme terem de ir para Campinas, Santa Barbara ou Piracicaba!<br />E saber que, nem empresários, nem prefeitura, ninguém se mobilizou para que não fechassem as únicas duas salas que tínhamos no Welcome.<br />Isso, para a cidade de Americana que se diz tão importante, que investe em cultura, lazer, educação, me parece estar falhando em algo, não acha?<br />Fiz comentário e sentei-me para tomar meu café, não deu tempo de ler o jornal antes do trabalho.<br />Saímos perdendo a hora, como todo dia! Sabia que iria ler o jornal só à noite.</div><div align="justify"></div><div align="right">Bellani, Arlete Aparecida</div>Blog de Crônicashttp://www.blogger.com/profile/17129681004991689146noreply@blogger.com0